Chakra Laríngeo e a expressão da verdade
Quinto chakra, chamado na alquimia de Laríngeo e na yoga de Vishuddha. Está localizado na altura da garganta e vibra na cor azul. No corpo se associa à garganta, à língua, às amigdalas e à parte inferior da boca; as glândulas diretamente ligadas a esse centro são a tireóide e as paratireoides. No comportamento, aqui temos a mente elaborada, lógica e analítica, a execução dos projetos, e a expressão do que se pensa e se sente. Se estamos em equilíbrio com esse quinto centro energético teremos uma expressão fluida no mundo, nos faremos ser claramente compreendidos e compreenderemos com facilidade. E, principalmente, nossa palavra será aliada da verdade e nossa expressão autêntica abrirá caminhos que legitimarão quem realmente somos.
A consciência desse centro e seus temas associados é despertada entre 28 e 35 anos, fase em que estamos investidos normalmente na nossa
vida profissional, na nossa carreira, que deveria ser a expressão da nossa criatividade, dos nossos projetos, daquilo que somos, pensamos e sentimos. A maneira como nossa energia se expressa aqui, é influenciada pela nossa ancestralidade paterna.
Alinhar esse chakra, é em verdade um grande desafio, ainda mais em nossa cultura e época, em que o parecer está mais em moda que o ser; em que o agradar é mais cômodo do que correr o risco de não ser aceito; em que o medo dita as nossas escolhas mais que o desejo, e o esconder é o nosso uniforme cotidiano. Quem não teve diretamente a experiência de guardar os seus sentimentos para não ferir o outro e feriu-se a si próprio, dores de garganta são o sinal mais imediato dos sapos que ficam atravessados no nosso chakra laríngeo.
Na Cuba Alquímica somos convidados a limpar o que está preso na garganta e depois estimulados a exercitar nossas capacidades criativas, a capacidade de sair do quadrado, pensar fora da caixa, expressar o ser único que se é. Mas, para isso precisamos entrar mais profundamente na auto investigação do que te impede de expressar a sua verdade, com que medos eu negocio aquilo que eu penso, sinto e sou? Aqui a chave para ir mais fundo nessa investigação é a do julgamento. Normalmente não expressamos quem somos, por medo do julgamento e esse medo existe porque nós julgamos. Julgamos a nós próprios o tempo todo e projetamos esse nosso carcereiro íntimo nos outros. Em nossa mente, um rio que jorra pensamentos e imagens 24 horas por dia, passa de tudo. Mas quando passa um tema, uma imagem, um pensamento que não aceitamos, porque o julgamos errado, não o deixamos passar, o capturamos e ali ficamos horas, dias, meses ou vidas, lutando contra um único pensamento que seu destino era simplesmente passar... assim acabamos por nos identificar e nos tornamos aquilo que carregamos e carregamos, paradoxalmente, aquilo que não aceitamos. É nessa teia tecida por nossos próprios julgamentos em que ficamos presos e abafamos o som da expressão natural do nosso quinto chakra.
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